Sindnapi defende Adicional de Aposentaria para corrigir benefícios
Cinthia Ribas - da Assessoria de Imprensa
O novo salário mínimo nacional, de R$ 1.412,00, já está em vigor desde o dia 1 de janeiro. O valor responde por um aumento de 6,97% em comparação aos R$ 1.320,00 válidos até dezembro de 2023.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo representará uma injeção de R$ 69,9 bilhões na economia e de R$ 37,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo.
Os aposentados e pensionistas, que têm o benefício vinculado ao salário mínimo, também serão beneficiados com a correção de 6,97% (R$ 92 a mais) em sua folha salarial de janeiro.
Já os beneficiários que ganham acima do piso terão o reajuste oficializado após o Índice Nacional de Preços ao Consumido (INPC) ser divulgado, ainda em janeiro. No caso, a recomposição é com base apenas no INPC, e deve ficar na casa de 3,85%, ou seja, em média, 55% do reajuste do salário mínimo.
Para o presidente do Sindnapi, Milton Cavalo, o valor é insuficiente e injusto com aqueles que tanto contribuíram para o sistema previdenciário. “Esses trabalhadores já deram sua contribuição e estão amargando ao longo dos últimos 15 anos uma perda de, em média, 30% no valor dos benefícios”, afirma o presidente Milton Cavalo.
Com o objetivo de recuperar o poder aquisitivo dos benefícios, o Sindnapi lançou uma campanha pela aprovação do Projeto de lei 1.468/23, que estabelece um adicional de 5% sobre aposentadorias e pensões a cada cinco anos, custeado por recursos do orçamento da União.
De autoria do deputado federal, Pompeo de Mattos (PDT-RS), o projeto visa corrigir essa injustiça que promove um arrocho nos benefícios. “Além de lançar dia 24 de novembro a campanha pelo Adicional de Aposentadoria, temos feito um trabalho de articulação com parlamentares pela aprovação da medida que está em tramitação nas Comissões da Câmara Federal”, informa o presidente do Sindnapi.
“A medida não beneficia apenas aposentados e pensionistas, pois vai injetar ainda mais recursos na economia. Portanto, é fundamental que todos participem e ajudem a fortalecer essa luta”, finaliza o presidente Milton Cavalo.